Animais com deficiência e sequelas de violência aguardam adoção.
Dois cães ficaram paraplégicos após serem atropelados.
Dois cães ficaram paraplégicos após serem atropelados.
Xandy foi resgatado da rua após ser atropelado por um carro. (Foto: Pollyana Araújo/G1)
Cães paraplégicos, vítimas de acidentes e maus tratos, participaram de uma campanha de conscientização realizada neste domingo (3) no Parque Mãe Bonifácia, uma das maiores áreas verdes de Cuiabá, pela Associação Voz Animal (AVA). Hoje, no abrigo da associação existem três cães que usam andador para locomoção e estão disponíveis para a adoção, como explica a presidente da entidade, Maria das Dores Gonçalves da Silva.
Zig vive no abrigo e está à espera de ser adotada. (Foto: Pollyana Araújo/G1)
Ativos, Xandy e Zig não pararam um instante sequer e chamaram a atenção de todos que compareceram ao evento. "Xandy foi pego após ser atropelado e depois ficou paraplégico, assim como Zig. Ela foi encontrada embaixo de um viaduto uma semana se arrastando após ser atropelada", contou a presidente da AVA ao G1. Já uma cadela da raça pitbull que ficou paraplégica em decorrência de um tiro ainda está na clínica se recuperando e também poderá ser adotada.
Vidinha foi deixada em um pet shop pela antiga dona para ser sacrificada. (Foto: Pollyana Araújo/G1)
Hoje já adotada, Vidinha foi entregue em pet shop pela antiga dona para ser sacrificada, mas foi salva depois que uma voluntária da AVA soube do caso e decidiu levá-la para o abrigo. "Ela tem deficiência nas quatro patas e não anda. Até hoje a antiga dona dela não sabe que ela está viva e com uns oito anos", afirmou Maria das Dores.
Com queimaduras pelo corpo, Costinha foi recolhido e levado para o abrigo. (Foto: Pollyana Araújo/G1)
Com cicatrizes de queimaduras pelo corpo, Costinha foi recolhido da rua, teve os ferimentos curados e agora espera para ser adotado. Segundo a presidente da Associação, o animal é vítima de pessoas que jogam água quente nos cães quando eles procuram abrigo. "Muitas vezes, as pessoas jogam água quente nos animais para eles irem embora", lamentou.
Fernanda adotou Lari há dois anos e se diz feliz com a companheira. (Foto: Pollyana Araújo/G1)
A estudante Fernanda Loydi adotou Lari há dois anos e diz que ela só lhe traz felicidade. "Ela nasceu com uma pata atrofiada, mas é muito ativa e corresponde ao carinho que damos da mesma forma que um cão sem deficiência", contou. Conforme a estudante, ela estava no abrigo e ninguém queria adotá-la e, por isso, resolveu levá-la para casa.
Assim como Fernanda, o casal Clarissa e Moacir Botega quis compartilhar a vantagem de se adotar um cão ao invés de comprar. Há cerca de um ano, eles adotaram Luna e Paloma. "Não fomos nós que escolhemos elas, elas que nos escolheram", explicou Clarissa ao contar que quando chegaram no abrigo as duas ficaram perto deles o tempo todo.
Hoje, existem 80 cães e 150 gatos disponíveis para adoção na AVA. Crimes cometidos contra animais podem ser denunciados no Juizado Volante Ambiental (Juvam) pelo telefone (65) - 3642-4064 ou na Delegacia do Meio Ambiente que mantém o telefone (65) - 3314-5808 para denúncias.
Disponível em: http://g1.globo.com/mato-grosso/
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